Altice Labs registou a sua quinta patente no presente ano de 2024
A “gigante” das telecomunicações garantiu, em julho de 2024, a sua quinta patente registada do ano, desta vez através do Instituto Nacional da Propriedade Industrial. Esta refere-se a uma componente de software que o braço de inovação da dona da MEO já está a usar e pode vir a comercializar.
O objetivo passa por gerir melhor os recursos de computação em diferentes sistemas de processamento e evitar sobrecargas.
A invenção é uma componente de software que permite a distribuição e adaptação dinâmica de limites de carga. Pode ser aplicada nas várias interfaces individuais de receção de eventos de serviço de um sistema de processamento de dados, como num Sistema de Cobrança Online.
São dois os principais focos desta componente:
- Prevenir a sobrecarga do sistema onde está inserido, o software assegura que a capacidade total de processamento desse sistema não é ultrapassada.
- Contribuir para um aproveitamento eficaz de toda a capacidade disponível, através da redistribuição da capacidade excedente por todas as interfaces que possam precisar dela.
A tecnologia agora patenteada pelo braço de inovação do grupo Altice já está integrada no sistema de Online Charging NGIN OCS 4G da AlticeLabs, como solução para limitar de forma inteligente os pedidos que serão atendidos ou descartados em situações de sobrecarga do sistema.
Espera-se que em breve se consiga desenvolver e integrar também a ferramenta no sistema NGIN CCS 5G (sistema de Charging Convergente de 5ª Geração) e no no PCF 5G (sistema de Policy Control de 5ª Geração).
A tecnologia pode, ainda, ser aplicada em contextos diversos, como:
- Qualquer sistema distribuído que seja suportado em plataformas computacionais com múltiplos servidores e com múltiplos pontos de entrada de pedidos.
- Cenários de cloud pública, onde a necessidade de controlo de custos com a infraestrutura utilizada é grande.
A Altice Labs tem, de momento, 61 pedidos de patente em fase de avaliação, a nível internacional e nos Estados Unidos, com destaque para tecnologias na área das redes de fibra ótica.
Para este ano tem previsto um investimento em inovação de 23 milhões de euros e nos últimos cinco investiu 360 milhões de euros em inovação científica e tecnológica.